sábado, 21 de março de 2015

Dificuldade para ter orgasmo: tratamento

Mais de 50% das mulheres podem ser atingidas pela disfunção sexual chamada anorgasmia
Por Mariana Bueno

A ausência ou dificuldade de ter orgasmo após a estimulação sexual, mesmo havendo o interesse e todas as possibilidades para que isso aconteça é mais comum do que se imagina. Chamada de anorgasmia, essa disfunção sexual atinge entre 50% a 70% das mulheres, em qualquer idade. O ginecologista e obstetra Vander Guimarães, professor de tocoginecologia da Faculdade de Medicina de Petrópolis, explica que não há uma causa definida para o problema, que pode ser primário a (a pessoa nunca experimentou o prazer sexual), secundário (já ocorreu o orgasmo anteriormente, mas ele foi interrompido a partir de determinado momento da vida) ou situacional (a falta de orgasmo somente acontece em determinadas circunstâncias). "O orgasmo é uma reação complexa que depende de muitos fatores, de ordem física, emocional e psicológica. Algumas doenças (causas orgânicas), alterações psicológicas (psicossociais) e até mesmo medicamentos e drogas podem interferir e dificultar o prazer da mulher", afirma.


Anorgasmia: causas

Segundo o médico, as causas orgânicas são as menos frequentes e contribuem em apenas 5% dos casos. As causas psicossociais são mais comuns, como a falta de diálogo entre o casal, a pouca habilidade sexual do parceiro, tabus e crenças errôneas acerca da sexualidade, a falta de informação e uma educação sexual repressora. "A anorgasmia pode diminuir a autoestima da mulher, levando a uma inibição do desejo sexual e a um menor interesse pelas relações sexuais. Ou até existe o interesse e o desejo para a realização do ato sexual. O que acontece é a dificuldade para se atingir o orgasmo. Mas o fato de a mulher não ter chegado ao clímax em determinada relação não permite que se faça o diagnóstico de anorgasmia", esclarece.

Tratamento da anorgasmia

O tempo de duração da anorgasmia vai depender das causas relacionadas a ela. Quanto mais precoce for a detecção do problema, mais rápida será a solução. O interesse da mulher pela melhora e o empenho do casal também contribuem para acelerar o tratamento deste transtorno. O médico explica que ao identificar a falta de orgasmo, a mulher deve procurar um médico de sua confiança, como o clínico geral ou um ginecologista, para verificar possíveis causas orgânicas para sua sintomatologia. Após esta avaliação outros profissionais, a exemplo de sexólogos, psicólogos e terapeutas podem ser importantes para melhor avaliação e condução do tratamento.
"Antes de qualquer coisa, é preciso que haja diálogo entre o casal. O homem precisa ser participado do problema e a conversa entre os dois é o primeiro passo para se buscar o entendimento da situação. Se não houver colaboração do parceiro, dificilmente a mulher conseguirá vencer os obstáculos que estão impossibilitando o seu prazer sexual. O tratamento dependerá das causas relacionadas e dos sintomas, mas podem ser recomendados desde mudanças comportamentais, terapia ou o uso de medicações. Em algumas situações, a terapia de casal é uma solução encontrada", finaliza.

Fonte: http://www.bolsademulher.com/sexo/dificuldade-para-ter-orgasmo-tratamento

sexta-feira, 20 de março de 2015

Anorgasmia








De acordo com pesquisa recente realizada pelo Instituto Kaplan - Centro de Estudos da Sexualidade Humana de São Paulo - a cada 100 mulheres que buscam tratamento, 70 afirmam que não conseguem ter orgasmos.
Antes, a relação sexual tinha como objetivo a satisfação masculina. Hoje, apesar de muitos tabus sexuais terem sido derrubados, ainda é grande o número de mulheres que sofrem na cama. Mitos e conceitos equivocados sobre o orgasmo, ou melhor, sobre a sexualidade de forma geral, sempre estiveram presentes em nossa cultura, onde a mulher deveria ser um ser assexuado, sem desejo, sem tesão, à disposição do outro.
Hoje foi descoberto que o orgasmo independe da região que o desencadeia, podendo ser provocado pelo estímulo de qualquer região do corpo. Houve tempo em que se acreditava existirem dois tipos de orgasmos: o clitoriano e o vaginal.
Atualmente, se percebe uma busca descontrolada pelo orgasmo, que passou a ser o objetivo único de uma relação, esquecendo-se o prazer do relacionamento, de estar com determinada pessoa. Praticar sexo é uma escolha; ter prazer, uma possibilidade. Essa obrigatoriedade infundada na busca do prazer-gozo e não pelo prazer de estar vivenciando tal situação, tira a pessoa do contato com a relação, passando a ser mera espectadora.
Conceito
A anorgasmia é a dificuldade em atingir o orgasmo, mesmo que haja interesse sexual e todas as outras respostas satisfatórias para a realização do ato. Ocorre com freqüência entre as mulheres – estudos indicam que seria entre 50 e 70% dos casos. Ou seja, a mulher aproveita as carícias e se excita, mas algo a bloqueia no momento do orgasmo.
Muitas mulheres negam a ausência do orgasmo como uma forma de defesa. Assim, mentem, fingindo um prazer que não existe. Tal comportamento deve ser repensado, pois ao fingir para si própria, ela está se privando da obtenção de um prazer e da possibilidade de desvendá-lo por completo.
Além disso, a anorgasmia pode trazer conseqüências negativas. A mulher pode adquirir aversão sexual devido a realização de sexo sem prazer, e sem conseguir adequada lubrificação para o ato, pode ocorrer dor na relação.
A mulher não possui, como o homem, um ciclo sexual definido constituído por excitação, ereção, ejaculação e orgasmo. Ela pode ter desejo, mas mesmo assim, não chegar ao orgasmo. Mas, é preciso ressaltar, que a mulher quer ser amparada, acolhida. Dessa forma, o sexo pode satisfazê-la sem que chegue ao orgasmo
Etiologia
Dentre os fatores que levam a tal quadro, destaca-se de forma praticamente integral os aspectos psicossociais. A questão orgânica tem baixa relevância, ficando em torno de 5% dos casos.
Psicossociais: falsas crendices, falta de informação, tabus, religião, estrutura de valores que supervaloriza a sexualidade e o desempenho sexual, medo de ser abandonada ou engravidar, experiências traumáticas (inclusive obstétricas), falta de intimidade com o próprio corpo e/ou com o parceiro, inexperiência, falta de tempo ou de um local adequado, auto-exigência exacerbada, envelhecimento, culpa, ansiedade, depressão, tensão corporal, educação sexual castradora, desinteresse, insatisfação corporal, baixa auto-estima, excesso de contenção, dificuldade do cotidiano e dificuldade de estar inteira, tranqüila e a vontade no contato com o outro no momento da relação sexual, entre outros.
Orgânicas: algumas doenças, disfunções hormonais, uso imoderado de álcool ou drogas psicoativas e dores na relação.
Outras causas dizem respeito à má-formação congênita - que pode impedir o acesso ao clitóris -, hipertrofia dos pequenos lábios – que pode encobrir o acesso à vagina-, entre outras.
Tratamento
O enfoque principal é a disfunção, devendo-se fazer uma leitura do conflito, a fim de saber se existe alguma dificuldade emocional ou psicológica, ou se o problema é físico.
O objetivo é combater a ansiedade existente, desmistificando crenças falsas, e trabalhando os aspectos psicológicos que não permitem um completo funcionamento corporal. Propõe-se que a mulher tome ciência dos seus impulsos sexuais, de modo ajudá-la, sem a obrigação do orgasmo, a liberar emoções e viver a espontaneidade de sentir prazer. Para tanto, a psicoterapia pode estar baseada numa terapia individual, terapia de casal ou, ainda, no conjunto dos dois processos.
A terapia individual objetiva criar condições para ampliar o autoconhecimento e possibilitar o prazer consigo mesma, a partir de um aprendizado sobre como é construído tal sintoma. Ou seja, o que esse quadro tem a contar sobre a pessoa, sobre a sua forma de funcionar na relação e com o meio. É na terapia, portanto, que se revê falsos conceitos e se fornece orientação, possibilitando novas perspectivas, admitindo-se sua associação a exercícios e, muito raramente, ao uso de medicação.
A terapia de casal objetiva facilitar a comunicação do mesmo, além de mediar um conhecimento maior sobre o funcionamento da relação, ajudando a descobrir, entre outros fatores, de que forma o casal interage em sua vida cotidiana, e como isto se reflete na dinâmica sexual.
Muito freqüentemente, a mulher passa a ter maior curiosidade sobre o próprio corpo. Faz-se importante que ela se conheça, se toque, saiba do que gosta e o que não lhe agrada. E, essencialmente, pedir ao parceiro que a “acenda”. Através do auto-conhecimento, a auto-estima pode ser resgatada. Essa é uma forma de descobrir o caminho para que se possa fazer sexo sem mitos e transformá-lo em algo natural, sem ter medo de gostar de sexo e do que o parceiro vai achar disso.
A mulher precisa dar importância à sua sexualidade, tocar o seu corpo e descobrir o que lhe dá prazer, dizendo ao parceiro o que ela precisa, o que está faltando e se interessando em saber o que ele gosta. O orgasmo é uma conquista, sexo é comunicação e entrega.
A sexualidade e a forma que a mulher se relaciona com ela é produto de eventos que, aparentemente, nada têm a ver com sexo. Assim, a superação de um quadro como esse leva ao aprendizado e ao autoconhecimento, provocando transformações além da sexualidade. Atingir o orgasmo é elemento de um processo de crescimento que dura a vida toda.
Não se pode definir uma mulher com anorgasmia quando o parceiro possui ejaculação precoce já que, muitas vezes,o fato do homem ejacular rapidamente acaba não permitindo que a mulher tenha tempo suficiente para alcançar o orgasmo.
Tanto nos casos orgânicos como nos psicológicos, a terapia é indicada. Por mais que a origem seja somente orgânica, ela pode estar interferindo, poluindo as outras esferas do seu contato com o parceiro. Dessa forma, a maioria do universo feminino pode se favorecer com a reeducação sexual, já que muitas não aprenderam a se aceitar e se conhecer. 
Fonte: http://www.abcdasaude.com.br/sexologia/anorgasmia


Leia Mais: Anorgasmia | ABC da Saúde http://www.abcdasaude.com.br/sexologia/anorgasmia#ixzz3UvprLVSW 
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